terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

MENSAGENS

AS TRÊS PENEIRAS

Certo dia, alguém veio ao encontro de Sócrates para falar-lhe de um amigo.
E começou dizendo: "Imagine, Sócrates, o que seu amigo fez. Preciso contar-lhe antes que você saiba pelos outros."
"Pára", disse-lhe Sócrates. "O que você quer me comunicar já passou  pelo crivo das três peneiras?"
"Que três peneiras são essas e o que elas têm a ver com aquilo que quero dizer-lhe?"
Sócrates então propôs passar aquilo que o interlocutor queria contar pela primeira peneira: A Verdade.
"Vamos ver se passa pela primeira. Você averiguou se tudo o que você quer dizer corresponde à verdade? Está comprovado? É verdadeiro?" "Não", respondeu o outro. "Eu só ouvi dizer. O pessoal disse que..." "Você só ouviu dizer?", espantou-se Sócrates. Mas agora vamos ver a segunda peneira: A Bondade", continuou o filósofo. "Aquilo que você quer me contar; e que não foi comprovado ainda; ao menos é bom?"
"Bom não é. Pelo contrário. Ele fez...!" "Então", retrucou imediatamente Sócrates, "aquilo não é comprovado nem bom!..." "Vamos por último ver se ao menos passa pela terceira peneira:
A Necessidade. Será que aquilo que te preocupa é tão necessário assim?" Necessário também não é", disse-lhe o outro, "mas..." Sócrates sorriu sabiamente e disse: "Se aquilo que você quer contar a respeito de meu amigo não é verdade, nem bom e muito menos necessário, então enterre e esqueça para que não envenene a mim e a você mesmo".

Autor desconhecido

Um comentário:

  1. "Se aquilo que você quer contar a respeito de meu amigo não é verdade, nem bom e muito menos necessário, então enterre e esqueça para que não envenene a mim e a você mesmo".
    ...o que nos daria a presença de espírito para buscarmos a sabedoria? O tempo? A paciência? A oração?

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